
07 maio De Ripple ao DREX: o que está em jogo quando o valor muda de forma
Posted at 23:05h
in Blockchain
Ripple vs SEC: quando a transformação de ativos incomoda o sistema
A briga entre a Ripple e a SEC não é só sobre XRP ser ou não um título mobiliário. É sobre o desconforto do sistema tradicional com uma nova forma de atribuir valor, registrar posse e transferir riqueza. A Ripple desafiou o sistema com uma moeda que circula fora das fronteiras do dólar — e pagou (caro) por isso.
Mas a pergunta que fica é:
O que realmente incomoda? A tecnologia ou a liberdade que ela oferece?
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As garantias mais conhecidas no universo digital
Apesar da reação do sistema tradicional, há ativos digitais que já operam com algum nível de garantia reconhecida:
•Stablecoins (como USDC), com reservas lastreadas em dólar
•Utility tokens lastreados em ativos reais (RWA), como ouro ou crédito de carbono
•NFTs com colateral, usados como garantia em DeFi
Esses instrumentos estão em constante tensão: oferecem transparência, mas exigem rastreabilidade — o que o sistema tradicional muitas vezes não quer entregar.
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O caso do ouro de Angola
Um exemplo brutal dessa dissonância:
Ouro extraído de Angola, com histórico de exploração, guerra civil e corrupção, entra no sistema tradicional sem rastreabilidade. Ele é transformado em barras e circula em mercados globais com “certificação”, mas sem garantia de origem ética ou sustentável.
Isso mostra como o sistema financeiro aceita garantias… desde que não sejam transparentes demais.
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Como o mundo tradicional enxerga commodities
O sistema financeiro vê commodities como colateral neutro: ouro é ouro, milho é milho, não importa de onde veio. O que importa é o mercado.
Só que isso já não se sustenta num mundo conectado, onde consumidores querem saber de onde vem o que consomem — e investidores querem saber se o valor que estão financiando está destruindo ou regenerando o planeta.
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A virada de chave da Pepita
A Pepita Utility Token entrega um ecossistema de utilidades:
→ Rastreabilidade de commodities de ponta a ponta.
→ Garantia real e tangível
→ Meio de pagamento seguro.
→ Um novo mercado regenerativo, transparente e real.
Ela não é só uma digitalização de ativos.
É uma reinvenção da lógica do mercado financeiro tradicional.
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O DREX e o risco de digitalizar sem transformar seu modelo de negócio.
O DREX, projeto de real digital do Banco Central, acena com um sistema financeiro mais ágil e digital.
Mas se ele apenas digitaliza a lógica quebrada do mercado atual, será uma versão 2.0 de um sistema que já não responde às demandas do século XXI.
A questão é:
Vamos apenas digitalizar o colapso? Ou vamos usar essa oportunidade para criar um novo mercado — regenerativo, rastreável e real?
A Pepita está aqui pra provocar essa conversa.
Não é sobre blockchain, é sobre confiança.
Não é sobre commodities, é sobre origem.
Não é sobre digitalização, é sobre rastreabilidade.
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Fontes
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SEC vs Ripple (2020–2023): U.S. Securities and Exchange Commission
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Análise do caso Ripple: CoinDesk
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Stablecoins e reserva de valor: Circle – USDC Transparency Reports
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RWA e ativos digitais: Messari Report on RWAs
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Comércio de ouro e Angola: Global Witness – “Undermining Angola” Report
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DREX (Real Digital): Banco Central do Brasil – Projeto Piloto do Real Digital